POLUIÇÃO NOS MARES
O Brasil está entre os 20 países no mundo que mais contribuem para a poluição plástica nos oceanos.
Toda a fauna e flora em todo mundo sofrem as consequências da poluição nos mares. Essa proporção aumenta ainda mais se pararmos para pensar nas várias pessoas que não se preocupam com o meio ambiente e toda a sua biodiversidade. Ou seja, já deu para perceber que este problema possui uma dimensão ainda maior, pois para resolvê-lo é preciso, antes de tudo, envolver todos os seres humanos; os próprios causadores da poluição.
Realmente é assustador imagens de animais marinhos sendo sufocados, machucados e mortos devido a ingestão de plásticos que são descartados no mares e rios. A maioria de nós fica apavorado quando vê uma tartaruga, ainda filhote, com um pedaço de plástico amarrado em seu pescoço.
Situações como essa, causam uma indignação universal em prol da proteção da vida marinha. Junto a isso, várias redes de alimentos, cosméticos, por exemplo, tem aderido a essa causa tão importante, substituindo seus recipientes plásticos por materiais de papel que podem ser recicláveis ou então feitos por outros materiais biodegradáveis.
Os mares pedem urgência
Por exemplo, a estratégia de eliminar o descarte de resíduos sólidos dos oceanos até 2050 foi um dos grandes compromissos assinados pela Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.
Durante esta conferência especialistas utilizaram o momento da abertura do congresso para fazer um apelo sobre a necessidade de estabelecer um compromisso internacional para o combate à poluição marinha.
Isso porque, por ano, 8 milhões de lixo plástico são jogados nos oceanos. Ou seja, estamos falando de uma quantidade gigantesca e que cada vez mais tende a aumentar. Veja bem, até 2040 é bem provável que este número triplique.
Os comportamentos precisam mudar
É importante lembrar que a poluição nos mares sempre existiu. Porém, com o passar dos anos e todas as revoluções que o mundo sofreu, a contaminação dos mares por resíduos gerados em terra tornou-se mais evidente e alarmante.
E não é somente a poluição que ameaça a vida marinha. Algumas outras práticas colocam os ambientes marinhos em risco. Por exemplo, a pesca excessiva, poluição por falta de saneamento básico, o transporte marinho e os efeitos do próprio aquecimento global são algumas das ameaças que ameaçam o oceano
Como consequência, o ecossistema entra em desequilíbrio, fazendo com que toda as espécies sofram com os impactos das ações humanas.
Mudar o comportamento é olhar para o futuro
A indústria do papel possui uma enorme influência diante da mudança de hábitos e mentalidades de todas as pessoas que vivem no mundo.
Os padrões de sociedade são construídos e impostos por pessoas e instituições que são influentes. Dessa forma, mudar a o pensamento e o comportamento das pessoas será uma tarefa extremamente trabalhosa, mas que se faz necessário.
De acordo com Metsavaht, que também é embaixador da Boa Vontade da Unesco, revelou à ONU News durante a Conferência dos Oceanos, que o desafio é obter tecnologias para reduzir os microplásticos que são liberados dos tecidos quando as roupas são lavadas.
Os microplásticos têm menos de 5 mm de diâmetro e estão presentes em vários tipos de tecido; muitos animais são encontrados mortos em decorrência da ingestão de microplásticos. Um dos resultados esperados da Conferência dos Oceanos da ONU é encontrar soluções inovadoras e baseadas na ciência para prevenir, reduzir e eliminar o lixo plástico e a poluição marinha.